Os servidores municipais de Araraquara entraram em estado de greve. Caso o governo Edinho não negocie e faça uma proposta melhor, na próxima segunda-feira (18), é provável que a categoria entre efetivamente em greve. Durante a paralisação de hoje (11), servidores lembraram que Edinho, quando vereador, sempre defenda os servidores e incentivava as paralisações. Agora, o prefeito trata a categoria com pouco caso.
Outro ponto interessante foi a presença de vereadores da base do prefeito, como Luna Meyer (PDT), na paralisação. Enquanto votam a favor de Edinho na Câmara, tentam posar de amigos do servidor.
A Prefeitura ignorou por 70 dias o ofício enviado pelo Sindicato dia 26 de janeiro com as pautas definidas pela categoria e, quando foi dar a resposta, mandou primeiro para a imprensa e depois para o SISMAR. Ainda por cima mentiu em sua nota à imprensa, falando em um índice imaginário de 14%, sendo que a proposta é de 5%.
Da proposta da Prefeitura, apenas dois itens valem para todos os servidores:
• Reajuste de 5% no dissídio coletivo
• Aumento de 11,11% no vale-alimentação
Os outros 7 pontos da proposta da Prefeitura contemplam um ou outro grupo e dizem respeito a leis federais e ao PCCV, legislações que já devem ser cumpridas independente de discussão de data-base.
A data-base é o momento de discutir revisão geral anual de salários, que vale para todos os servidores. A proposta da Prefeitura é de reajustar os salários em apenas 5%, sendo que a inflação desde o último reajuste foi de 20%.
Não permitir salários abaixo do mínimo, cumprir o que ele mesmo inventou no PCCV e pagar corretamente o piso salarial nacional de profissionais é obrigação do poder público, não tem motivo para debater isso na data-base.