Parece notícia antiga, mas não é. A falta de profissionais na rede municipal da Educação de Araraquara é histórica e neste ano não tem sido diferente. Há anos, a Administração parece ser completamente incompetente para completar e manter o quadro de pessoal da Educação.
Com isso, alunos ficam sem aula ou são divididos e espalhados em outras turmas já lotadas, atrapalhando o aprendizado destas crianças logo no início do ano letivo e sobrecarregando os servidores que estão nas unidades. O resultado disso é um prejuízo considerável do processo ensino-aprendizagem.
A estrutura física das escolas também é negligenciada governo após governo em Araraquara, beirando o caos. Nenhuma unidade de educação possui Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, por exemplo. Em poucos meses, registramos escola cujo teto desabou parcialmente, outra com água da chuva escorrendo pelo teto dentro de uma sala de aula e outra na qual dezenas de quilos de carne apodreceram porque a energia da escola acabou durante o fim de semana, para ficar apenas em três exemplos.
Araraquara poderia ter melhorado a estrutura das escolas durante os quase dois anos de pandemia, mas não o fez. Poderia ter contratado agentes educacionais e professores, mas não o fez. Para piorar, a Prefeitura está descumprindo o edital do concurso e obrigando os novos contratados a assumirem seus cargos como estatutários, e não pela CLT.
Além disso, o Município está exigindo que os aprovados em concurso que já sejam servidores peçam demissão de seus cargos da CLT para assumirem o novo posto como estatutário (o que também é ilegal e pode resultar em futura perda do emprego destas pessoas).
Enquanto o governo bate cabeça, servidores passam por todo tipo de dificuldades e alunos ficam prejudicados.
O SISMAR está atento e atuante e já denunciou tanto as ilegalidades destas contratações como a falta de estrutura das unidades aos órgãos competentes, que estão apurando os fatos.