O MDB de Araraquara teve reunião na Câmara Municipal no último domingo (10). O encontro contou comlideranças políticas como o vereador Gérson da Farmácia, o presidente da Câmara Municipal, o vereador Aluisio Boi, o ex-vereador Jair Martinelli, o provedor interino da Santa Casa, Marcos Daniel, o novo diretor geral da Santa Casa, Delorges Mano, além do ex-prefeito Marcelo Barbieri. A ideia era sair com a pré-candidatura de Barbieri a deputado estadual anunciada.
Porém, o ex-prefeito pediu um tempo para pensar e disse que irá se decidir até a data limite das convenções partidárias. Porém, segundo informações de bastidores, Barbieri está temendo uma rejeição à sua pré-candidatura e por isso resiste em anunciar agora, deixando para fazer só às vésperas da campanha eleitoral.
Como legados deixados para Araraquara por Barbieri, inclui-se a privatização do serviço do transporte público, que está caótica, com linhas sendo canceladas e passagem de ônibus subindo. Neste ano, o ex-prefeito deu as costas para Araraquara e ocupou cargo na Prefeitura de São Paulo, ganhando um salário bruto de R$ 6,5 mil.
Além disso, cabe lembrar que antes de disputar a eleição, Barbieri terá de enfrentar a Justiça, pois recentemente, a 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a decisão de primeira instância que condenou Barbieri por contratar, no ano de 2012, uma Organização Social (OS) sem licitação para administrar a Maternidade Gota de Leite.
De acordo com a decisão mantida, o ex-prefeito de Araraquara tinha conhecimento de que não poderia ter feito contratações sem licitação. Mesmo assim, ele autorizou a contratação de OS visando implantar e administrar a Maternidade Gota de Leite. Segundo as investigações, entre maio de 2012 até fevereiro de 2015 a FunGota e OS fizeram diferentes renovações de contratos sem licitação, totalizando R$ 22 milhões.
Ele foi condenado pela Justiça à prestação de serviços à comunidade por uma hora ao dia – a ser definido -, além de prestação pecuniária de 10 salários mínimos que serão revertidos a Fungota.
Porém, agora com a decisão em segunda instância, Barbieri pode enfrentar problemas na Justiça Eleitoral, caso pretenda se candidatar a algum cargo, tendo em vista que a Lei da Ficha Limpa prevê inelegibilidade para pessoas que foram condenadas por um órgão colegiado, formado por ao menos três juízes, como é o caso de Barbieri. Ou seja, o ex-prefeito poderá ser declarado inelegível.