Funcionários da empresa R. Y. Top Brasil Ltda levantaram ainda mais suspeitas sobre a compra milionária de respiradores, feita pelo Prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT). Um acórdão, publicado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e assinado pela relatora Ana Arraes, julgou irregular a compra. A representação contra a aquisição foi feita pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo) em maio do ano passado. O valor total da compra seria de R$ 4 milhões.
O empresário Valdir Massucatto foi até a sede da empresa e conversou com os funcionários. No vídeo da conversa, é possível ver que a sede da empresa é pequena e localizada num local modesto, o que causa estranheza, dado o volume da compra realizada pela Prefeitura de Araraquara. Já quando funcionários são questionados a respeito dos respiradores, dizem que não trabalharam com os equipamentos, embora tenham desconversado, dizendo que não trabalharam na empresa durante a pandemia da Covid-19.
Além disso, o ponto que chama atenção é o fato da empresa estar no regime tributário Simples Nacional, no qual tem permissão para importar produtos num valor total inferior a R$ 160 mil dólares. Ou seja, a suposta importação que abasteceria a Prefeitura de Araraquara supera-e muito!-o limite estabelecido.
A decisão do TCU cita pagamentos indevidos à empresa R. Y. Top Brasil Ltda. De acordo com o documento, o TCU reconheceu a ilegalidade do ato e dois pontos observados pela relatora no referido processo de compra: efetuar o pagamento adiantado e sem garantias a uma empresa sem qualificação técnica; certidões fiscais da empresa contratante tinham data posterior ao pedido de compra. Assim, o Tribunal considerou o rito da compra dos respiradores como ato de improbidade.
Os pontos observados foi o de efetuar pagamento adiantado e sem garantias, a uma empresa sem qualificação técnica. Outro fato observado foi o das certidões fiscais da empresa contratante com data posterior ao pedido de compra.
IMPEACHMENT-Em agosto deste ano, o plenário da Câmara de Araraquara rejeitou o pedido de impeachment do prefeito Edinho Silva (PT), apresentado pelo Patriota, Podemos e apoiado por deputados alinhados ao Presidente Jair Bolsonaro, como Eduardo Bolsonaro (filho do presidente) e Carla Zambelli, por 13 votos a 4. Na ocasião, apenas os vereadores do Patriota e Podemos votaram a favor do pedido. Parlamentares do PT, PSDB, MDB, PP, PSL, REPUBLICANOS, PC DO B, CIDADANIA E PDT votaram contra.
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