Toninho e Celso Daniel: os assassinatos que assombram o PT

O PT homenageou e cobrou explicações pela morte da vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, Marielle Franco, ocorrida em 2018. O crime completou 4 anos. Porém, o partido parece se esquecer de dois assassinatos ocorridos 20 anos atrás, de dois ex-prefeitos da própria legenda: Toninho (Campinas) e Celso Daniel (Santo André). Até hoje, os crimes seguem com mistérios e informações desencontradas.

Aos 49 anos, o arquiteto Toninho foi morto, na noite de 10 de setembro de 2001, por um disparo que o atingiu na artéria aorta quando ele saía do shopping Iguatemi, pela Avenida Mackenzie, e retornava para a casa. Toninho havia sido eleito em 2000 e estava no poder há pouco mais de oito meses quando o crime aconteceu. Para a família, o assassinato teve motivação política.

Para o Ministério Público, indícios apontam que o tiro que matou Toninho partiu de Anderson José Bastos, o “Ancio”, um sequestrador que integrava a quadrilha de Wanderson Nilton de Paula Lima, o “Andinho”. Ancio e outros comparsas, no entanto, foram mortos, em Caraguatatuba, por policiais civis de Campinas menos de um mês após o crime contra o prefeito.

Já em relação a Celso Daniel tinha cinquenta anos de idade, quando ocupava o cargo de prefeito de Santo André pela terceira vez, foi sequestrado na noite de 18 de janeiro de 2002, quando saía de uma churrascaria localizada na região dos Jardins, em São Paulo.

Segundo a imprensa, o prefeito estava num Mitsubishi Pajero blindado, na companhia do empresário Sérgio Gomes da Silva, conhecido também como o “Sombra”. O carro teria sido perseguido por outros três veículos: um Santana, um Tempra e uma Blazer.

Na Rua Antônio Bezerra, perto do número 393, no bairro da Vila Vera, Distrito do Sacomã, Zona Sul da capital, os criminosos fecharam o carro do prefeito. Dispararam contra os pneus e vidros traseiro e dianteiro de seu carro. Gomes da Silva, que era o motorista, disse que na hora a trava e o câmbio da Pajero não funcionaram.

Os bandidos armados então abriram a porta do carro, arrancaram o prefeito de lá e o levaram embora. Sérgio Gomes da Silva ficou no local e nada aconteceu com ele.

Na manhã de 20 de janeiro de 2002, no Domingo, o corpo do Prefeito Celso Daniel, foi encontrado com onze tiros, na Estrada das Cachoeiras, no Bairro do Carmo, na altura do quilômetro 328 da rodovia Régis Bittencourt (BR-116), em Juquitiba.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, Celso Daniel foi morto porque descobriu a cobrança de propinas e tentou impedi-la. Os desvios abasteceriam o “caixa dois” do partido, segundo promotores. No entanto, para a polícia, o político foi morto em um crime comum.

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