Um material produzido a partir do pó de diamante e nióbio, com alto grau de dureza, resistência e propriedades não tóxicas, é uma novidade que pode levar mais inovação e eficiência para a construção civil e a indústria petrolífera no Brasil. A nova tecnologia é um projeto do bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Meysam Mashhadikarimi, para o seu doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
A tecnologia pode ser utilizada na renovação de pavimentos rodoviários, pistas em aeroportos, modernização de fábricas metalúrgicas, usinas nucleares, pontes e outras estruturas, devido ao seu alto desempenho, durabilidade e solidez.
Trata-se de um corpo de diamante condensado, fruto de um processo que envolve o pó de diamante e o nióbio puro. Com características que apresentam maior dureza, essa junção resulta num composto com menor porosidade e maior resistência ao desgaste durante a sua utilização. Para chegar a esse resultado, foi preciso buscar um elemento ligante adequado, que evitasse que o diamante perdesse a sua solidez e dureza, se tornando mais frágil. Os estudos mostraram que o uso do nióbio puro seria o ideal para o desempenho do composto.
“Substituímos o cobalto pelo nióbio com o objetivo de diminuir as falhas e aumentar a sua vida útil”, afirmou o doutor em Ciência e Engenharia de Materiais pela UFRN, Meysam Mashhadikarimi. Além disso, a substituição de elementos ligantes convencionais, como ferro e cobalto, pelo nióbio reduz o risco de contaminação dos operários durante o manejo das máquinas, já que o material é atóxico.
O trabalho já foi patenteado e teve sua aplicação industrial reconhecida, conferindo mais qualidade para a infraestrutura em possíveis projetos futuros.
Incentivo à inovação
Como forma de incentivar esse tipo de inovação e o desenvolvimento do país, o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC) e da CAPES, atua na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), além de atuar na formação de professores da educação básica ampliando o alcance de suas ações na formação de profissionais qualificados no Brasil e no exterior.
A CAPES concede, ainda, bolsas a projetos de pesquisa em áreas estratégicas para o país, como no caso do projeto do material produzido a partir do pó de diamante e do nióbio, além de outros. Este tipo de projeto é selecionado por meio de editais publicados e disponibilizados no site da CAPES.
Essas bolsas são de responsabilidade do pesquisador, docente vinculado ao programa de pós-graduação stricto sensu recomendado pela CAPES, que submeteu projeto de pesquisa a um dos editais e foi selecionado. Os interessados devem acompanhar o site da CAPES para verificar se os projetos estratégicos que são financiados pelos editais da agência são de linhas de pesquisa de seu interesse.
Bolsas
Neste cenário, a CAPES atua como um sistema de avaliação desenvolvido para alcançar um padrão de excelência acadêmica para os mestrados e doutorados no Brasil. Os resultados obtidos nessa avaliação servem como base para que políticas sejam implementadas, tanto para a área de pós-graduação, bem como para o dimensionamento das ações de fomento, como bolsas de estudo e outras formas de apoio.
É por meio de seus programas institucionais que a CAPES concede bolsas de mestrado e de doutorado diretamente às instituições nacionais que possuem cursos de pós-graduação stricto sensu bem avaliados. Essas bolsas são institucionais, ou seja, são distribuídas às Instituições de Ensino Superior, que repassam aos alunos por meio de processos seletivos internos.
O interessado em uma bolsa deve procurar a coordenação do curso de pós-graduação em que pretende ingressar e se informar sobre os procedimentos e requisitos necessários para obtê-la.