Obrigada, Capitã América! Bem-vinda, Daiane Rodrigues!

Uma das jogadoras mais emblemáticas da história das Guerreiras Grenás deixa os gramados, mas não o futebol. Com mais de 20 anos dedicados ao esporte, Daiane Rodrigues pendura as chuteiras e passa a integrar o departamento de futebol do clube, como Assistente de Coordenação das Categorias de Formação das Guerreirinhas Grenás.

Contendo a emoção, Daiane falou da carreira sólida construída no futebol feminino na cidade de Araraquara, participando do início do projeto Extra/Fundesport, em 2001, ajudando e sendo o espelho do que são as Guerreiras Grenás hoje em dia.

“Ali, eu não tinha noção do que eu poderia construir aqui, mas era um momento de muita felicidade, de estar em clube gigantesco e com oportunidade de fazer história. Eu acho que deu tudo certo no final”, analisou a agora ex-jogadora.

Os muitos títulos conquistados com as Guerreiras Grenás (Libertadores de 2020, Brasileiro Feminino e Copa do Brasil, ambos em 2014, Paulistão Feminino de 2013 e Copa Paulista de 2023), não superam o da Libertadores Feminina de 2015, o primeiro continental do clube.

Capitã da equipe na conquista, a façanha lhe rendeu a alcunha de “Capitã América”, carregado eternamente pelos torcedores.

“O auge, para mim, foi realmente a Libertadores de 2015, que mudou todo o panorama da Ferroviária, o modo que as pessoas olhavam pro clube. Então, conquistar aqueles títulos e terminar a minha carreira, lutando por isso ainda, é de extrema importância pra mim e faz parte da história da Ferroviária. De alguma maneira, eu fiz parte disso”, declarou.

Além dos títulos, Daiane alcançou uma marca expressiva pelas Guerreiras Grenás e um fato raro dentro da modalidade, a marca de 300 jogos, junto com a goleira e amiga Luciana. O feito aconteceu no dia 23 de maio, na partida contra o Palmeiras, válida pela primeira rodada do Paulistão Feminino.

“Os 300 jogos foram muitos especiais pra mim, porque era uma meta que eu queria atingir. Então, eu praticamente me programei nesta reta final de carreira para alcançar esta marca. Não foi fácil. Pra mim, é a realização de um sonho poder atingir a marca de 300 jogos em um clube, ainda mais dentro do futebol feminino, é gigantesco. Me sinto muito honrada e feliz por isso”, contou.

Natural de São Carlos-SP, Daiane Rodrigues, de 38 anos, também teve passagens por São Paulo, Francana e Corinthians/Audax, participando da conquista da Libertadores de 2017, além do Internacional-RS. Fora do país, passou pelo Benfica-POR, conquistando a Taça de Portugal, Taça da Liga, Supertaça e a Segunda Divisão do Campeonato Português Feminino, entre 2018 e 2019.

Pela Seleção Brasileira Feminina, foi campeão Sul-Americana Sub-20, em 2005, e vice-campeã Mundial Sub-20, em 2006. Na Principal, foi convocada em 2008, 2012 e 2017.

Texto: Rafael Zocco/Ferroviária
Fotos: Millena Cravo/Ferroviária

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