O famigerado pedágio de Araraquara

(*) Wagner Tadeu Silva Prado

Recentemente, a região acompanhou atenta a possibilidade da implantação de um novo pedágio na Rodovia Washington Luiz, entre as cidade de Araraquara e Ibaté.

Audiências públicas foram realizadas, tanto pela ARTESP, como pela Câmara Municipal. Na primeira, a agência reguladora tentando convencer sobre a importância da região, seu crescimento econômico e da necessidade do pedágio para melhorias na rodovia. Na segunda, vereadores e a população araraquarense, ibateense e são-carlense lutando contra mais uma
facada nas costas a ser dada pelo governador Doria para nossa região.

Analisei atentamente o atual contrato de concessão da região Noroeste do estado, que abrange as macro cidades de Araraquara, Barretos, Borborema, Jaboticabal, Matão, Olímpia, Parapuã, Penápolis e São José do Rio Preto. Nele, contava a construção de dois novos pedágios durante a concessão que se encerra no início de 2022. O pedágio de Taiúva e o de Dobrada. Ambos já foram construídos. Porém, em Araraquara, no contrato atual, NÃO há previsão de novo pedágio.

Acredito que no novo edital de concessão, previsto para o início de 2022, deva ser lançada goela abaixo essa previsão. Já solicitei à ARTESP o novo edital para analisar em detalhes seus termos e lutarmos juntos, bravamente, para que o pedágio não seja instalado aqui, pois, se isso ocorrer, ficaremos ainda mais ilhados, afugentando novas empresas que queiram aqui investir. E se isso ocorrer, a cidade vai estagnar, empregos não serão gerados na mesma proporção de hoje sem pedágio. E quem se dará bem será apenas o governo estadual e o consórcio vencedor do futuro leilão.

Fiquemos de olhos bem abertos para não sermos ainda mais prejudicados.

(*) É Coronel da Reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo, mestre e doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, bacharel em Direito e foi candidato a vice-prefeito do Dr. Lapena nas eleições de 2020 pelo Partido Podemos.

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