Hugo Adorno salva a pele de Edinho Silva

O vereador Hugo Adorno, do Republicanos, foi decisivo para salvar a pele do prefeito Edinho Silva (PT) na sessão de ontem (8), da Câmara Municipal. Mesmo sendo do mesmo partido do governador eleito Tarcísio de Freitas e que apoiou Bolsonaro contra Lula, o parlamentar deu um dos votos decisivos para o adiamento da análise das contas do prefeito. Caso contrário, as contas seriam analisadas hoje, com risco de rejeição, pois os vereadores Marchese da Rádio, Carlão do Jóia e Dr Garrido (Patriota), Luna Meyer (PDT), Lucas Grecco (União Brasil), Lineu Carlos de Assis (Podemos) e Rafael de Angeli (PSDB) votaram pela análise imediata das contas.

Segundo fontes jurídicas, caso tenha as contas rejeitadas, Edinho poderia ter problemas para assumir um Ministério no governo Lula. Ele é um dos nomes cotados.

De acordo com informações de bastidores, Edinho estaria desesperado e ligando para todos os vereadores, fazendo de tudo para que aprovem suas contas. Inclusive, parlamentares estariam atrás de laudos e pareceres falaciosos, tentando contrapor o trabalho do Tribunal de Contas, na esperança de fornecer uma justificativa para que eles salvem o prefeito petista.

No documento, os técnicos apontaram um rombo de quase R$ 17 milhões produzido pelo governo petista. Segundo a fiscalização do Tribunal de Contas, o rombo se deu a partir da abertura de créditos suplementares, que previam uma elevação da arrecadação em quase R$ 50 milhões. O que não aconteceu.

O Tribunal de Contas avisou por três vezes o governo petista sobre o desajuste da gestão o dinheiro público. Porém, a Prefeitura ignorou. Com isso, a dívida de longo prazo de Araraquara subiu para R$ 240 milhões, um aumento de 7% em um ano.

As contas de 2017 também serão analisadas pela Câmara Municipal. O Tribunal rejeitou essas contas, fazendo centenas de apontamentos sobre as irregularidades da gestão do primeiro ano de Edinho Silva.

Entre os principais pontos estão: Rombo nas contas públicas de quase R$ 100 milhões; precário planejamento orçamentário, posto que as alterações promovidas superaram em mais de 30% da despesa inicialmente fixada; abertura de créditos suplementares por inexistente excesso de arrecadação; Não foram efetuados os depósitos mensais ao Tribunal de Justiça para pagamento de precatórios sob o Regime Especial, no montante de quase R$ 7,5 milhões.

Além disso, houve pagamentos de juros e multas no valor de quase R$ 900 mil por atrasos nos recolhimentos das contribuições previdenciárias ao INSS e de quase R$ 400 mil por atrasos nos recolhimentos das contribuições ao PASEP.

Sair da versão mobile