EDITORIAL: A irresponsabilidade como marca

A notícia de que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) reprovou pela sexta vez consecutiva as contas da Prefeitura de Araraquara, comandada pelo Prefeito Edinho Silva (PT), espanta qualquer cidadão que paga seus impostos em dia. É algo raro, se não inédito, um prefeito ter TODAS as suas contas reprovadas, com apontamentos de seguidos déficits orçamentários e deficiências na qualidade dos serviços prestados à população.

Mesmo com a gastança desenfreada e a consequente alta no endividamento, que levará anos para ser superada e comprometerá as futuras gerações araraquarenses, Edinho deixará a prefeitura no dia 31 de dezembro sem conseguir eleger sua sucessora. Isso mostra que a população não se deixou levar pelas obras eleitoreiras e a maquiagem feita às pressas. Se antes a má-gestão era reprovada apenas pelo Tribunal, em 2024 ela foi reprovada nas urnas.

Sem contar que ainda falta o Tribunal analisar as contas referentes aos anos de 2023 (pré-eleitoral) e 2024 (eleitoral). Não à toa, o prefeito já lançou mão de dois leilões presenciais, na tentativa desesperada de vender imóveis pertencentes à Prefeitura com intuito de fazer algum caixa, que atenue a situação calamitosa em que se encontram os cofres públicos araraquarenses.

Pior do que não conseguir eleger sua sucessora, Edinho encerra seu segundo ciclo 8 anos à frente da Prefeitura de Araraquara sem deixar uma marca na gestão. Grandes investimentos e grandes obras de infraestrutura ainda não viraram realidade, sendo que alguns já até desistiram de se instalar na cidade. A única marca que Edinho deixará é a da irresponsabilidade com o dinheiro público, atestada pela Corte de Contas. Agora, cabe à Câmara Municipal e aos órgãos da Justiça fazer com que esse triste legado, que já foi punido nas urnas, seja também punido na esfera judicial.

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