Acontagem regressiva para a celebração do Bicentenário da Independência do Brasil atingiu a marca de 100 dias no dia 30/05/2022. O esforço contínuo da Defesa Nacional para assegurar a liberdade e independência conquistadas possibilitou a concepção de nação tal qual é vista hoje, pacífica, mas preparada para dissuadir potenciais ameaças. Ao relembrar os avanços tecnológicos que possibilitaram a manutenção da soberania do País, o Ministério da Defesa destaca os meios da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira, usados outrora e nos dias atuais, para cumprimento das missões constitucionais.
Os progressos dos meios navais perpassam a criação do Navio Veleiro Cisne Branco, batizado e lançado ao mar em 4 de agosto de 1999. O navio da Marinha foi construído para comemorar os 500 anos do descobrimento do Brasil e, com sua pintura impecavelmente branca, sua missão é representar o País em eventos náuticos nacionais e internacionais, divulgar a mentalidade marítima e preservar as tradições navais.
Tempos depois, a evolução marítima trouxe a Capitânia da Esquadra A140 Atlântico, em 2018. O navio-aeródromo multipropósito foi projetado para as tarefas de controle de áreas marítimas, projeção de poder sobre terra, pelo mar e pelo ar. Sua contribuição em benefício do bem comum, também, alcança missões de caráter humanitário, de evacuação de pessoal, bem como para auxílio a vítimas de desastres naturais e em operações de manutenção de paz.
Antes mesmo do marco da Independência, a Força Terrestre também já dispunha de capacidades para salvaguardar a Nação. Criados em 1808, os Dragões da Independência foram o primeiro Regimento de Cavalaria de Guardas do Exército Brasileiro. A unidade tinha o propósito de realizar a guarda dos integrantes da coroa portuguesa em solo brasileiro, transformando-se, depois, na guarda de honra do Imperador. Ainda hoje, a Cavalaria serve à mais alta autoridade do País: o Presidente da República, além de atuar em operações de Garantia da Lei e Ordem.
Através das gerações, o Exército recebeu a nova família de Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal (VBTP) buscando acompanhar a estatura político-estratégica do País. Com autonomia de 800 km e capacidade de transportar até 11 militares, o blindado possui qualidade anfíbia, design modular e tecnologia nacional, o que contribui para o aumento da mobilidade estratégica da Força Terrestre.
Na linha do tempo da Força Aérea, voltamos até 1906 com a decolagem da aeronave 14-Bis. Com capacidade para apenas um tripulante, o 14-Bis foi o primeiro avião a conseguir decolar por seus próprios meios, alcançando 2 metros de altura do solo e percorrendo uma distância de 60 metros em 7 segundos. O feito ocorreu em Bagatelle, no centro de Paris.
Mais recentemente, a ampliação das capacidades aéreas resultou na criação da mais moderna plataforma multimissão que atuará na defesa do espaço aéreo brasileiro. A aeronave de caça F-39 GRIPEN é capaz de voar a uma velocidade máxima de 2.400 km/h. Seus atributos incluem a elevada eficiência, o baixo custo de operação, a grande disponibilidade e a avançada capacidade tecnológica.
Nesses 200 anos, muitas mudanças ocorreram para garantir o cumprimento da missão de salvaguardar os interesses nacionais. Estes e outros feitos marcaram a história da Defesa, ampliando a atuação militar inclusive em ações de fomento à indústria nacional e à economia brasileira.