Alckmin, cotado para vice de Lula, recebeu R$ 3 milhões em esquema dos pedágios, diz delator

Segundo depoimento do ex-presidente da Ecovias Marcelino Rafart de Seras afirmou, em delação, Geraldo Alckmin, ex governador tucano que deve ser vice de Lula nas eleições de outubro, recebeu R$ 3 milhões em caixa 2, em notícia dada pela Folha de São Paulo. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. A Ecovias é a concessionária responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes.

Notícia publicada no Jornal Folha de São Paulo mostra que um executivo da Concessionária Ecovias, que administra parte dos pedágios do Estado de São Paulo, fechou delação premiada e disse que a empresa pagou propina a políticos de PT, PSDB e União Brasil. O acordo da empresa está na casa dos R$ 650 milhões, sendo R$ 450 milhões em obras e R$ 200 milhões para o erário.

Entre os nomes citados estão o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil), o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), e os atuais deputados estaduais Edmir Chedid (União Brasil), Roberto Morais (Cidadania) e Luiz Fernando (PT). Outros nomes citados são os dos deputados Geraldo Vinholi (PSDB, à época no PDT), Edmir Chedid (União), Claury Alves Silva (à época no PTB), Roberto Morais (Cidadania), José Zico Prado (PT) e José Rezende (à época no PL).

As acusações envolvem a concessão responsável pelas rodovias Anchieta e Imigrantes, ligações da capital do estado com o litoral sul e que abrigam as praças de pedágios com a tarifa individual mais alta do estado: R$ 30,20 para carros. As irregularidades, segundo a empresa, duraram de 1998 a 2015, período que inclui as gestões Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos governos do PSDB.

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