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Câmara de Araraquara analisa contas de Edinho Silva nesta terça-feira (12)

De forma inesperada e repentina, a Câmara de Araraquara irá analisar amanhã o parecer do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que rejeitou as contas do prefeito petista Edinho Silva, relativas ao ano de 2018. No final de junho, os vereadores haviam aprovado o adiamento por 60 dias, ou seja, até o final de agosto. Causa estranheza a marcação desta sessão tão rapidamente.

Até o momento, Lucas Grecco (União Brasil), Carlão do Jóia, Marchese da Rádio e Marcos Garrido (Patriota); Lineu Carlos de Assis (Podemos); Rafael de Angeli (PSDB) e Luna Meyer (PDT) já se comprometeram a manter a rejeição das contas de Edinho Silva. Amanhã, saberemos se algum deles irá recuar e garantir a aprovação ao prefeito petista.

Segundo informações de bastidores, Edinho estaria desesperado e ligando para todos os vereadores, fazendo de tudo para que aprovem suas contas. Inclusive, parlamentares estariam atrás de laudos e pareceres falaciosos, tentando contrapor o trabalho do Tribunal de Contas, na esperança de fornecer uma justificativa para que eles salvem o prefeito petista.

No documento, os técnicos apontaram um rombo de quase R$ 17 milhões produzido pelo governo petista. Segundo a fiscalização do Tribunal de Contas, o rombo se deu a partir da abertura de créditos suplementares, que previam uma elevação da arrecadação em quase R$ 50 milhões. O que não aconteceu.

O Tribunal de Contas avisou por três vezes o governo petista sobre o desajuste da gestão o dinheiro público. Porém, a Prefeitura ignorou. Com isso, a dívida de longo prazo de Araraquara subiu para R$ 240 milhões, um aumento de 7% em um ano.

As contas de 2017 também serão analisadas pela Câmara Municipal. O Tribunal rejeitou essas contas, fazendo centenas de apontamentos sobre as irregularidades da gestão do primeiro ano de Edinho Silva.

Entre os principais pontos estão: Rombo nas contas públicas de quase R$ 100 milhões; precário planejamento orçamentário, posto que as alterações promovidas superaram em mais de 30% da despesa inicialmente fixada; abertura de créditos suplementares por inexistente excesso de arrecadação; Não foram efetuados os depósitos mensais ao Tribunal de Justiça para pagamento de precatórios sob o Regime Especial, no montante de quase R$ 7,5 milhões.

Além disso, houve pagamentos de juros e multas no valor de quase R$ 900 mil por atrasos nos recolhimentos das contribuições previdenciárias ao INSS e de quase R$ 400 mil por atrasos nos recolhimentos das contribuições ao PASEP.

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