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PT chega às vésperas da análise das contas de Edinho Silva no extremo desespero

Amanhã, é o Dia D em Araraquara. É nesta data que a Câmara analisa as contas de 2017 e 2018 do prefeito petista Edinho Silva, que foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP). No final de semana, o PT mostrou que chega às vésperas da votação desesperado.

O partido organizou uma manifestação pró-Edinho, que foi inflada pela participação de moradores de bairros periféricos, levados até o local por vans, numa logística comandada pelo ex-vereador e atual cargo de confiança de Edinho, Toninho do Mel. Além disso, na manifestação, foram convocados presidentes de entidades que recebem verbas da prefeitura, além de cargos de confiança. Mesmo assim, o movimento foi fraco.

Já na outra ponta, segue a pressão espontânea, seja pessoalmente ou seja via redes sociais, sobre os vereadores que ainda não se posicionaram. Até o momento, Lucas Grecco (União Brasil), Carlão do Jóia, Marchese da Rádio e Marcos Garrido (Patriota); Lineu Carlos de Assis (Podemos); Rafael de Angeli e João Clemente (PSDB) e Luna Meyer (PDT) já se comprometeram a manter a rejeição das contas de Edinho Silva.

Segundo informações de bastidores, Edinho estaria desesperado e ligando para todos os vereadores, fazendo de tudo para que aprovem suas contas. Inclusive, parlamentares estariam atrás de laudos e pareceres falaciosos, tentando contrapor o trabalho do Tribunal de Contas, na esperança de fornecer uma justificativa para que eles salvem o prefeito petista.

No documento, os técnicos apontaram um rombo de quase R$ 17 milhões produzido pelo governo petista. Segundo a fiscalização do Tribunal de Contas, o rombo se deu a partir da abertura de créditos suplementares, que previam uma elevação da arrecadação em quase R$ 50 milhões. O que não aconteceu.

O Tribunal de Contas avisou por três vezes o governo petista sobre o desajuste da gestão o dinheiro público. Porém, a Prefeitura ignorou. Com isso, a dívida de longo prazo de Araraquara subiu para R$ 240 milhões, um aumento de 7% em um ano.

As contas de 2017 também serão analisadas pela Câmara Municipal. O Tribunal rejeitou essas contas, fazendo centenas de apontamentos sobre as irregularidades da gestão do primeiro ano de Edinho Silva.

Entre os principais pontos estão: Rombo nas contas públicas de quase R$ 100 milhões; precário planejamento orçamentário, posto que as alterações promovidas superaram em mais de 30% da despesa inicialmente fixada; abertura de créditos suplementares por inexistente excesso de arrecadação; Não foram efetuados os depósitos mensais ao Tribunal de Justiça para pagamento de precatórios sob o Regime Especial, no montante de quase R$ 7,5 milhões.

Além disso, houve pagamentos de juros e multas no valor de quase R$ 900 mil por atrasos nos recolhimentos das contribuições previdenciárias ao INSS e de quase R$ 400 mil por atrasos nos recolhimentos das contribuições ao PASEP.

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