Conforme o site Região 16 havia antecipado na quarta-feira (15), o sétimo voto para confirmar a rejeição das contas de Edinho Silva (PT), referentes aos anos de 2017 e 2018, conforme parecer do Tribunal de Contas foi confirmado: trata-se de João Clemente (PSDB), segundo veiculado nas redes sociais. Ele se junta a Carlão do Jóia, Marchese da Rádio e Marcos Garrido (Patriota); Lineu Carlos de Assis (Podemos); Rafael de Angeli (PSDB) e Luna Meyer (PDT) que já haviam se comprometido a rejeitar as contas. Ou seja, se ninguém mudar o voto, já há número suficiente de votos para confirmar a rejeição das contas do petista, podendo levá-lo à cassação do mandato e inelegibilidade por oito anos.
O parlamentar tucano foi muito elogiado nas redes sociais, pela confirmação do voto contrário à aprovação das contas de Edinho. Dezenas de araraquarenses elogiaram a coragem e disseram que o vereador honrou o voto recebido em 2020, agindo de acordo com os valores cristãos.
De acordo com informações preliminares, Edinho já contaria com os votos favoráveis dos vereadores Paulo Landim, Fabi Virgílio, Thainara Faria e Filipa Brunelli (todos do PT); do Presidente da Câmara, Aluisio Boi (MDB); Guilherme Biano (PC do B); Edson Hel (Cidadania) e Emanoel Sponton (PP). Os parlamentares Gerson da Farmácia (MDB); Lucas Grecco (União Brasil) e Pastor Hugo Adorno (Republicanos) ainda não possuem posicionamento, segundo informações.
Segundo informações de bastidores, Edinho estaria desesperado e ligando para todos os vereadores, fazendo de tudo para que aprovem suas contas. Inclusive, parlamentares estariam atrás de laudos e pareceres falaciosos, tentando contrapor o trabalho do Tribunal de Contas, na esperança de fornecer uma justificativa para que eles salvem o prefeito petista.
No documento, os técnicos apontaram um rombo de quase R$ 17 milhões produzido pelo governo petista. Segundo a fiscalização do Tribunal de Contas, o rombo se deu a partir da abertura de créditos suplementares, que previam uma elevação da arrecadação em quase R$ 50 milhões. O que não aconteceu.
O Tribunal de Contas avisou por três vezes o governo petista sobre o desajuste da gestão o dinheiro público. Porém, a Prefeitura ignorou. Com isso, a dívida de longo prazo de Araraquara subiu para R$ 240 milhões, um aumento de 7% em um ano.
As contas de 2017 também serão analisadas pela Câmara Municipal. O Tribunal rejeitou essas contas, fazendo centenas de apontamentos sobre as irregularidades da gestão do primeiro ano de Edinho Silva.
Entre os principais pontos estão: Rombo nas contas públicas de quase R$ 100 milhões; precário planejamento orçamentário, posto que as alterações promovidas superaram em mais de 30% da despesa inicialmente fixada; abertura de créditos suplementares por inexistente excesso de arrecadação; Não foram efetuados os depósitos mensais ao Tribunal de Justiça para pagamento de precatórios sob o Regime Especial, no montante de quase R$ 7,5 milhões.
Além disso, houve pagamentos de juros e multas no valor de quase R$ 900 mil por atrasos nos recolhimentos das contribuições previdenciárias ao INSS e de quase R$ 400 mil por atrasos nos recolhimentos das contribuições ao PASEP.