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Tratamento de esgoto de Araraquara não remove corantes orgânicos

Os efluentes gerados pela indústria têxtil têm grandes quantidades de corantes, que são compostos por substâncias tóxicas para o meio ambiente. No entanto, em resposta ao Requerimento nº 438/2022, do vereador João Clemente (PSDB), o Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) informou que o tratamento de efluentes realizado em Araraquara não tem a finalidade de remover corantes orgânicos.

Em ofício, a autarquia afirmou que o tratamento da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Araraquara não tem a finalidade de remover corantes orgânicos, “então, não é possível analisar a presença de corantes orgânicos no efluente tratado, já que a legislação também não preconiza”.

No entanto, o Daae pondera que está buscando uma parceria junto à Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), conforme solicitação do próprio vereador. Em março, Clemente havia encaminhado a Indicação nº 1.389/2022 à Prefeitura, pedindo a realização de parceria com o Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), sediado na universidade, para a realização de estudos de material para aplicação no tratamento de efluentes contaminados com corantes orgânicos. “Estamos tentando uma parceria, conforme solicitação do próprio vereador, com o Professor Elson Longo, da UFSCar, para que, se houver interesse por parte da universidade, possamos ter esses dados”, diz o documento do Daae.

Respondendo ainda ao vereador, o Daae informou que a concepção da ETE Araraquara é composta por tratamento preliminar (tratamento físico), para remoção de sólidos, e tratamento secundário (tratamento biológico) para remoção de matéria orgânica. “A remoção de corantes orgânicos necessita de um tratamento por processos oxidativos avançados, que não existe na ETE Araraquara”.

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