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Governo Federal vai investir R$ 380 milhões em programas de ciência e inovação na região amazônica

OGoverno Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) vai investir R$ 380 milhões em projetos de apoio à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico na região amazônica em 2022. O anúncio dos recursos previstos para o programa Ciência para Amazônia MCTI foi feito na quinta-feira (09/06), em Manaus (AM), durante o Fórum do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti) do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).

Os investimentos previstos para a região amazônica em 2022, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), somam R$ 380 milhões e envolvem projetos de regeneração e monitoramento florestal, laboratórios satélites em meio a maior floresta tropical do mundo, programa de estudos da biodiversidade – cadeias da bioeconomia (com enfoque especial para produtos regionais como Açaí, Cupuaçu e Pirarucu) e bioeconomia florestal, projetos de estudos atmosféricos e de mudança do clima, nanotecnologia e materiais avançados, além de empreendedorismo.

O programa Ciência para Amazônia é uma iniciativa do Governo Federal, por meio do MCTI construída em parceria com o CONSECTI e o CONFAP, com o objetivo de estimular os projetos de C,T&I na região da Amazônica Legal por meio de parcerias com as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), com o setor privado, governos e organizações internacionais. A viabilização dos recursos para execução dos projetos será feita por meio da Financiadora de Estudo e Projetos (Finep) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ambas vinculadas ao ministério.

Durante sua fala, o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales destacou o programa Ciência para Amazônia, uma iniciativa do MCTI criada em 2019 para agregar várias ações que segundo ele, estavam pulverizadas. “Foram identificadas as lacunas em ciência e tecnologia e quais os programas que necessitavam de mais investimento. Para que esse programa fosse possível foram levados em consideração o desenvolvimento ambiental, econômico e social”, revelou.

Esforço conjunto
Presente na cerimônia o governador do Amazonas, Wilson Lima, destacou o potencial de recursos naturais da região amazônica. “Temos uma riqueza ainda não estimada, mas temos o desafio de que essa riqueza seja revertida em benefício para a nossa população. A ciência, com investimento e pesquisa, é o caminho mais seguro para encontrar soluções e resolver os problemas do dia-a-dia.”

O presidente da Confap, Odir Antônio Dellagostin, explicou que os investimentos na região representam um esforço conjunto entre as fundações no apoio à pesquisas em temas importantes relacionados à Amazônia. “Investimento em ciência e tecnologia significa trabalhar para resolver problemas futuros e conseguir melhorar a condição de vida da sociedade”, afirmou.

Para o presidente do Consecti, Rafael Pontes Lima, secretário de Ciência e Tecnologia do Amapá, a iniciativa vai trazer recursos, integrar pessoas e instituições de pesquisa para fortalecer a região e beneficiar a população. “Um dos maiores portfólios do Brasil para o mundo é a Amazônia. Educação, ciência, tecnologia e inovação são ferramentas capazes de mudar a realidade da população de 30 milhões que vivem nessa região, desabastecida de políticas públicas”, frisou.

O Fórum Nacional Consecti & Confap 2022 reúne presidentes e representantes das 26 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), das agências federais, CNPq, FINEP, EMBRAPII e CAPES, Secretários Estaduais de CT&I, além de representantes de entidades acadêmicas e científicas, e agências internacionais de fomento à CT&I.

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