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Relembre os erros grosseiros do Datafolha nas eleições de 2018 e 2020

As últimas pesquisas eleitorais estão mostrando uma tendência de alta nas intenções de voto do Presidente Jair Bolsonaro, em consonância com o que se vê nas ruas, enquanto o ex-presidiário Lula perde força. Porém, uma pesquisa veio diferente dessa tendência e apontou Lula com uma vantagem superior a 20 pontos sobre Bolsonaro. Trata-se da pesquisa Datafolha.

O instituto ficou famoso nas eleições de 2018 e 2020, por trazer erros GROSSEIROS nas vésperas da eleição. Coincidência ou não, houve até troca na diretoria do Datafolha, com a saída de Mauro Paulino, que estava há décadas no instituto.

O site Região 16 lista os erros do Datafolha nas últimas eleições, para que o eleitor relembre e tire suas próprias conclusões. Boa parte dos erros, aliás, são favoráveis a candidatos de esquerda. Coincidência?

ELEIÇÕES 2020

São Paulo: na véspera do segundo turno, o Datafolha apontava Bruno Covas (PSDB) com 55% dos votos válidos e Guilherme Boulos (PSOL) com 45%. Resultado da eleição: 59,38% para Covas e 40,62% para Boulos. Um erro de quase 10% do Datafolha;

Recife: na véspera do segundo turno, o Datafolha apontava um empate entre João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) cada um com 50% dos votos válidos. O resultado da eleição foi 56,27% para João Campos e 43,73% para Marília Arraes. Um erro de quase 12% do Datafolha;

Fortaleza: aqui o erro mais grave. Na véspera do segundo turno, o Datafolha apontava o candidato Sarto (PDT) com 57% dos votos válidos, contra 43% de Capitão Wagner (PROS). Porém, as urnas mostraram uma vitória de Sarto por 51,69% contra 48,31% de Wagner. Ou seja, uma vantagem de pouco mais de 3%, muito menor que os 14% apontados pelo Datafolha na véspera.

ELEIÇÕES 2018

São Paulo: na véspera do segundo turno, o Datafolha apontava Márcio França (PSB) com 51% dos votos válidos, contra 49% de João Dória (PSDB). Porém, o resultado foi Dória com 51,75% e França com 48,25%. No primeiro turno, na pesquisa da véspera, o instituto Datafolha apontava Skaf (MDB) como segundo colocado, com 26%. Porém, na urna, o emedebista teve 21,09% e ficou fora do segundo turno. Na disputa para Senador, o Datafolha apontou Eduardo Suplicy (PT) liderando a disputa na véspera da eleição, com 19%. Porém, após a apuração, o petista ficou em terceiro lugar, atrás de Mara Gabrilli e Major Olímpio.

Rio de Janeiro: Na véspera do primeiro turno, o Datafolha apontava Wilson Witzel (PSC) com apenas 17% das intenções de voto. Porém, no resultado final, Witzel teve 41,28%, ficando bem à frente de Eduardo Paes, que era apontado como líder pelo Datafolha na véspera da disputa;

Minas Gerais: Na véspera da eleição, o Datafolha mostrava Dilma Rousseff (PT) como líder na disputa pelo Senado com 23%. Porém, na eleição, a petista ficou em terceiro lugar, atrás de Carlos Vianna (PHS) e Rodrigo Pacheco (DEM). Além disso, o instituto apontava que o segundo turno da disputa para governador seria entre Anastasia (PSDB) e Fernando Pimentel (PT). Só que, ao abrirem as urnas, o candidato do Novo, Romeu Zema, teve 42,73% dos votos válidos. No Datafolha da véspera, ele aparecia com apenas 24%.

Imagine, leitor, se o Datafolha erra dessa maneira, na véspera da eleição, o que ele não pode fazer faltando 5 meses para o pleito? É bom ter MUITO cuidado…

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