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Paraty e Cruz cortam mais de 20% dos ônibus do transporte público de Araraquara

Desde 16 de janeiro, a tarifa do transporte público de Araraquara sofreu reajuste, passando de R$ 4,35 para R$ 5,00. Embora previsto em contrato, o vereador Lineu Carlos de Assis (Podemos) questionou o reajuste em um momento de crise econômica e diante de relatos de atrasos, superlotação e redução das linhas. Após questionamento feito no dia 4 de janeiro, por meio do Requerimento nº 6/2022, a Controladoria do Transporte de Araraquara (CTA), cuja concessão é operada pela Paraty e Empresa Cruz, informou que a retomada das linhas está sendo feita paulatinamente, de acordo com a demanda coletiva.

Sobre a frota, atualmente são 82 veículos em operação, correspondendo a 78% do total. E, quanto ao questionamento da integração tarifária levantada pelo vereador, a empresa informou que, por meio do cartão Vale Transporte, o serviço é permitido e tem duração de 60 minutos após o registro no validador. A listagem das linhas que se integram está disponível no site www.ctaonline.com.br

O parlamentar salienta que o reajuste da tarifa “impacta diretamente o orçamento dos usuários, que solicitam que, pelo menos, junto ao aumento, ocorram melhorias gerais nos serviços”. No documento, Assis questiona se há previsão para aumento da frota, o número de veículos em operação atualmente, a viabilidade de integração tarifária, se os motoristas acumulam a função de cobradores e, ainda, se passam por treinamentos periódicos. O vereador também pergunta quais as razões para os atrasos relatados e como é feita a fiscalização.

Na resposta, a CTA afirma que a redução no número de linhas não equivale à falta de atendimento, “pois a programação da oferta do transporte faz uso das informações da demanda de passageiros, do sobe e desce de passageiros no Terminal Central de Integração através do monitoramento de 32 câmeras, do intervalo médio entre partidas e das condições de capacidade dos veículos”.

A empresa também pontua que a estrutura operacional das linhas antes da pandemia, que era de 39 no total, está sendo avaliada, “visto que, mesmo com a retomada das atividades, o número de passageiros se mantém com uma queda de 46,9% com base em dezembro”. Algumas das linhas alteradas e que estão sendo reavaliadas são: Selmi Dei, Vale Verde, Indaiá, Parque São Paulo, De Santi, Cecap, Paiol, América, Maria Luiza, Campus e Universal.

Quanto ao acúmulo de funções, o diretor-presidente da CTA, Nilson Carneiro, assinalou que acordo coletivo firmado com o sindicato autoriza motorista de transporte público a acumular a atividade de cobrador mediante gratificação mensal. Carneiro ainda assegurou que todos os motoristas passam por treinamentos periódicos e que eventuais atrasos são monitorados por meio de informações geradas pelo Sistema GPS e por câmeras instaladas no Terminal de Integração e em outros pontos da cidade. “Esse acompanhamento é feito constantemente e analisadas as manifestações dos usuários através dos meios de comunicação do sistema de transporte”, afirma Carneiro.

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