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FAPESP, Instituto Pasteur e USP firmam convênio inovador de apoio à pesquisa

A FAPESP, o Instituto Pasteur e a Universidade de São Paulo (USP) assinaram um acordo para o financiamento de projetos de jovens pesquisadores em ciências biomédicas a serem desenvolvidos na Plataforma Científica Pasteur-USP (SPPU, da sigla em inglês), em São Paulo, por um período de quatro anos (os chamados grupos G4).

Firmado na quarta-feira (08/12), em Paris, o acordo foi assinado pelo diretor-geral do Instituto Pasteur, Stewart Cole; pelo reitor da USP, Vahan Agopyan, e pelo presidente da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Marco Antonio Zago.

“A FAPESP já apoia a Plataforma Científica Pasteur-USP financiando projetos de pesquisa em andamento. Agora, lançamos esta forma nova de atração de recursos humanos, associando o programa de Jovem Pesquisadores com apoio adicional do próprio Instituto Pasteur. Estamos certos de que, dessa forma, vai-se consolidando esta iniciativa internacional na área de doenças infecciosas e imunologia”, afirma o presidente da FAPESP.

Os editais serão abertos para pesquisadores de todo o mundo que não tenham vínculo com uma instituição brasileira ou estrangeira. Serão três editais G4: o primeiro a ser lançado no primeiro trimestre de 2022; o segundo em 2023; e o terceiro em 2024. Cada projeto receberá cerca de R$ 2 milhões ao longo de quatro anos, além da bolsa ou complemento de salário para o pesquisador principal e bolsas para estudantes.

“Para cada projeto, a contrapartida anual do Instituto Pasteur será de € 50 mil; a da FAPESP cerca de R$ 200 mil mais uma bolsa de R$ 8 mil; e a da USP arcará com a infraestrutura da SPPU”, explica Paola Minoprio, que integra a coordenação da plataforma.“Teremos ainda condições de complementar a bolsa do pesquisador principal, de forma a garantir a atração dos melhores talentos e projetos”, acrescenta.

Os projetos deverão estar em sintonia com a política científica da SPPU, que desenvolve pesquisas focadas em doenças infecciosas emergentes e negligenciadas, transmitidas por patógenos que causem respostas imunes complexas e que produzam distúrbios no sistema nervoso.

O processo de seleção será feito em duas etapas. Na primeira, a FAPESP irá selecionar os três melhores candidatos entre projetos submetidos. Na segunda etapa, um comitê da USP e outro do Instituto Pasteur avaliarão independentemente os projetos selecionados pela FAPESP. Finalmente, um comitê misto com membros da USP, Pasteur e FAPESP farão a seleção do vencedor de cada ano.

Para garantir a retenção de talentos, ao final dos quatro anos do projeto, cada pesquisador principal poderá concorrer competitivamente a uma vaga de docente, oferecida pela USP ou pelo Instituto Pasteur para trabalhar permanentemente na SPPU. “Se nenhuma vaga for aberta no final do quarto ano, um ano suplementar será garantido até que uma vaga e o processo de concorrência sejam instaurados”, afirma Minoprio.

A cerimônia de celebração do acordo, em Paris, também contou com as presenças do presidente da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani), Valmor Tricoli, também membro do Comitê de Coordenação da SPPU; do diretor adjunto de Administração e Finanças do Instituto Pasteur, François Romaneix; da representante do instituto no Comitê de Coordenação da SPPU, Jennifer Hurley; e de Chloé Rabiet, jurista da área de direito internacional, também do instituto.

De acordo com Minoprio, o acordo é mais um passo em direção à consolidação formal da plataforma como integrante da Rede Pasteur, composta por 34 institutos em 25 países do mundo.

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