A cidade de Bauru amanheceu com uma bomba no cenário político. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) está cumprindo seis mandados de prisão, sendo um contra o vereador Carlinhos do PS (Carlos Bastazini), que é opositor da prefeita Suéllen Rosim, seus dois assessores parlamentares e outras três pessoas ligadas a seu grupo político.
Em agosto deste ano, Carlinhos do PS chegou a defender o afastamento da prefeita Suéllen Rosim do cargo durante uma sessão da Câmara, pois dizia que a Prefeitura estava parada. Na verdade, a única coisa que parou no governo Suéllen foram as indicações políticas promovidas pelo vereador e, agora com a operação policial, fica evidente o motivo da raiva e nervosismo dele contra a prefeita. Confira o vídeo:
A denúncia é de que teriam praticado crimes de corrupção, cooptação de eleitores e “rachadinha”. A ordem da juíza da 1ª Vara Criminal do Fórum de Bauru, Érica Marcelinha Cruz, inclui buscas e apreensão em 9 imóveis para levantar documentos, computadores, planilhas, anotações, telefones celulares, CDs e outros materiais em residências dos denunciados, localizadas em diferentes bairros de Bauru.
Os mandados de busca e apreensão e prisão temporária estão sendo cumpridos contra o vereador Carlinhos do PS (Carlos Bastazini), seus dois assessores diretos, Luiz Carlos Alves Júnior e Láercio Pereira (Indião), além do também assessor Gleison Aparecido Contador. As ordens também foram expedidas pelo Judiciário contra Fábio Manoel de Campos, apontando na investigação como um dos cargos de confiança indicado por Carlinhos do PS e Agenor de Souza, servidor do DAE que, conforme a denúncia, atua no grupo para o parlamentar.
O ESQUEMA-A denúncia do esquema partiu do Presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (EMDURB), Luiz Carlos da Costa Valle, juntamente com um servidor comissionado da empresa pública municipal.
De acordo com as informações, havia pressão contra um indicado para que entregasse metade de seu salário para Carlinhos do PS em razão de sua indicação para o cargo, ocorrida ainda no ano passado. O dinheiro coletado serviria para formar caixa do grupo, com ação planejada para cooptar votos em troca de favores para eleitores. A apuração levantou depoimentos e escutas telefônicas autorizadas judicialmente, além de gravações apresentadas pelos denunciantes.