DestaquePolítica

Hacker de Arararaquara receberá dinheiro da venda do livro de Lula, amigo de Edinho Silva

O jornalista e escritor Fernando Morais anunciou neste domingo (21) que fará uma única noite de autógrafos para promover o lançamento do seu novo livro “Lula, Volume 01” e que será em Araraquara. O livro conta a trajetória do ex-presidiário Lula, que deve novamente disputar a Presidência em 2022. Toda a renda obtida com as vendas na cidade serão revertidas para o hacker Walter Delgatti Neto, o Vermelho, responsável por hackear os celulares de altas autoridades da República e repassar as supostas mensagens a veículos de imprensa da esquerda construírem uma narrativa que culminou na soltura de Lula.

“Por razões sanitárias, não farei noites de autógrafo do meu novo livro, “Lula” – já que contraí Covid, fui parar na UTI e passei 15 dias hospitalizado. Decidi abrir uma exceção: farei uma noite de autógrafos em Araraquara, em data ainda não definida, e doarei os direitos autorais dos livros vendidos ao estudante Walter Delgatti, o “Vermelho”, comentou o jornalista em sua página no facebook.

Araraquara é governada pelo petista Edinho Silva, amigo de primeira hora de Lula e também enrolado nas investigações da Lava Jato e atualmente no olho do furacão do escândalo da compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste. De acordo com informações, “Vermelho” atualmente utiliza tornezeleira eletrônica e mora numa área afastada da cidade, em um condomínio de chácaras, num imóvel que, segundo informações, teria sido emprestado por integrantes do PT.

QUEM É VERMELHO-Conhecido como “Vermelho” por causa do cabelo e barba ruivos, Walter Delgatti ostenta uma ficha com seis processos na Justiça paulista por crimes de estelionato, furto qualificado, apropriação indébita e tráfico de drogas, nos quais acumula duas condenações. Estelionatário clássico, de estilo fanfarrão, ele já foi flagrado também andando com documentos falsificados, a exemplo de uma carteira de estudante de medicina da USP e uma de delegado da Polícia Civil de São Paulo, que Vermelho dizia usar para “pegar a mulherada”.

Em sua conta no Facebook, tinha fotos com um “leque” de ao menos vinte notas de 100 dólares e com um fuzil em um clube de tiro nos Estados Unidos. Em uma das vezes em que acabou detido, disse que era investidor e tinha uma conta na Suíça. Poucos dias antes de ser preso pela PF, dirigia um Land Rover branco pelas ruas de Ribeirão Preto, onde passou a viver. A bordo do carrão, deixou pendurada em um posto de gasolina da cidade uma fatura de 200 reais. Alegou ao frentista que o cartão de crédito não estava funcionando. Nunca mais voltou. Dizia cursar por lá a faculdade de direito em tempo integral na Unaerp, motivo pelo qual não lhe sobrava tempo para trabalhar. Ele realmente estudou no local, mas sua matrícula está inativa. E não há curso de direito em tempo integral na instituição.

Em junho de 2019, por meio da Operação Spoofing, a Polícia Federal desvendou que ele era um dos integrantes de organização criminosa que hackeou celulares de altas autoridades da República e repassou as supostas mensagens para veículos de imprensa da esquerda, como o site Te Intercept. As investigações mostraram que Walter Delgatti Neto, Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira teriam invadido — através de um golpe simples — o celular do ministro da Justiça, Sergio Moro, e de pelo menos outras 1.000 pessoas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, a deputada Joice Hasselmann, líder do governo no Congresso, e o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Delgatti planeja se candidatar a deputado em 2022.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo